Um estudo feito em parceria pela Universidade dos Açores e instituições de Cork, na Irlanda, aponta que o queijo do Pico tem bactérias que resultam na redução do colesterol, pelo que podem ser usadas como probióticos.
O estudo, publicado no Journal of Applied Microbiology, conseguiu isolar, no queijo artesanal do Pico, bactérias do ácido lático capazes de baixar o colesterol e a histamina, uma substância que pode causar intoxicações alimentares, e que podem ser usadas como probióticos.
Célia Silva, uma das cientistas responsáveis por esta investigação, explicou à Lusa que “os queijos produzidos com leites não pasteurizados, leite cru, podem possuir propriedades benéficas para a saúde” e que “o trabalho que foi agora publicado insere-se num projeto mais amplo, que se baseia na procura das bactérias benéficas que existem nestes queijos açorianos”, como o do Pico ou o de São Jorge.
“Há vários trabalhos anteriores que mostram que o consumo de produtos fermentados com essas bactérias pode reduzir o colesterol nas pessoas. O objetivo era esse mesmo: isolar bactérias que tivessem esse efeito benéfico e que pudessem, no futuro, ser utilizadas como probióticos na redução do colesterol”, concretizou.
Com este estudo, pretendem mostrar que é possível “usar essas bactérias, que são bactérias seguras, que sempre foram utilizadas na alimentação humana, em alimentos probióticos, ou seja, que contenham microrganismos vivos que podem colonizar o intestino”.
Célia Silva, uma das cientistas responsáveis por esta investigação, explicou à Lusa que “os queijos produzidos com leites não pasteurizados, leite cru, podem possuir propriedades benéficas para a saúde” e que “o trabalho que foi agora publicado insere-se num projeto mais amplo, que se baseia na procura das bactérias benéficas que existem nestes queijos açorianos”, como o do Pico ou o de São Jorge.
“Há vários trabalhos anteriores que mostram que o consumo de produtos fermentados com essas bactérias pode reduzir o colesterol nas pessoas. O objetivo era esse mesmo: isolar bactérias que tivessem esse efeito benéfico e que pudessem, no futuro, ser utilizadas como probióticos na redução do colesterol”, concretizou.
Com este estudo, pretendem mostrar que é possível “usar essas bactérias, que são bactérias seguras, que sempre foram utilizadas na alimentação humana, em alimentos probióticos, ou seja, que contenham microrganismos vivos que podem colonizar o intestino”.
Neste tipo de queijos artesanais, “como não é possível controlar que tipo de bactérias estão presentes, não se sabe, à partida, se terão essas bactérias benéficas ou não”, mas, “em princípio, existem vários ‘lactobacillus’ que têm a capacidade de reduzir o colesterol”, referiu a cientista, que quer quebrar o ‘mito’ de que o queijo tem efeitos negativos no colesterol.
“É possível, e já tem sido demonstrado, que o consumo deste tipo de queijos pode reduzir o colesterol. Não uma grande redução, mas contribui para a redução do colesterol, nomeadamente a LDL [sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade], designado como ‘mau colesterol’”, adiantou.
Célia Silva considera que, “para as pessoas comuns, este queijo pode trazer mais benefícios do que problemas”, alertando, no entanto, que “pessoas mais sensíveis, que tenham o sistema imunitário comprometido, ou grávidas, não devem consumir este tipo de queijo”.
Estes resultados permitem a utilização destes micro-organismos “a nível tecnológico para reduzir o teor de colesterol de certos alimentos”, o que “pode ter um efeito benéfico na indústria alimentar e na indústria dos lacticínios dos Açores”, concluiu a professora.
O estudo publicado, em junho, no Journal of Applied Microbiology foi realizado por Marina Domingos-Lopes e Célia Silva, do Instituto de Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente dos Açores (IITAA), da Universidade dos Açores, por Catherine Stanton, do Teagasc Moorepark Food Research Centre, em Cork, e Reynolds Ross, do APC Microbiome Institue da University College Cork.
O estudo publicado, em junho, no Journal of Applied Microbiology foi realizado por Marina Domingos-Lopes e Célia Silva, do Instituto de Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente dos Açores (IITAA), da Universidade dos Açores, por Catherine Stanton, do Teagasc Moorepark Food Research Centre, em Cork, e Reynolds Ross, do APC Microbiome Institue da University College Cork.
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Autor:
Lusa